Bem-aventurados os que compreendem meu lento caminhar
Bem-aventurados os que falam em voz alta para diminuir minha surdez
Bem-aventurados os que apertam com calor minhas mãos trêmulas
Bem-aventurados os que notam que meus olhos já estão nublados e minhas reações lentas
Bem-aventurados os que sabem disfarçar ao verem que derramei a xícara de café sobre a mesa
Bem-aventurados os que se interessam pela minha longinqua juventude
Bem-aventurados os que não se cansam de ouvir as minhas histórias, que frequentemente repito
Bem-aventurados os que compreendem minha necessidade de carinho
Bem-aventurados os que me fazem compreender que sou amado e que não estou abandonado nem sozinho
Bem-aventurados os que me presenteiam parte do seu tempo
Bem-aventurados os que percebem a minha solidão
Bem-aventurados os que me acompanham no meu sofrimento
Bem-aventurados os que entendem que me custa muito encontrar forças para levar minha cruz
Bem-aventurados os que alegram os dias da minha vida
Bem-aventurados os que me acompanharem e facilitarem a apssagem final à Pátria Celeste com amabilidade e compreensão
Quando entrar na vida sem fim lembrar-me-ei deles diante do Senhor Jesus.
Autor desconhecido (recebido por email), 2002.
Tema: terceira idade, convívio, família. Tipo: poesia.
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